quarta-feira, 9 de março de 2011

O que você faz quando ninguém está te vendo ?


Ah, esse assunto é sério...Com a explosão da internet, MSN, skype, orkut, facebook e outras tantas redes sociais, comunicadores instantâneos e sites explodindo na nossa tela, uma das grandes preocupações das empresas é assegurar que seus funcionários não vão deixar de trabalhar para acessar conteúdos pessoais e não relacionados ao trabalho, comprometendo assim a produtividade da área.

Firewalls, proxys e outras tantas ferramentas são instaladas nos computadores dos colaboradores para impedir os acessos e as navegações que não sejam ligadas ao trabalho, quando na verdade questiona-se por quais motivos não se pode ler notícias, falar com amigos e outras atividades que antes da internet eram feitas normalmente (o jornal era lido, os amigos ligavam em nosso telefone comercial).

A questão aqui, não é proibir, coibir ou censurar e sim, gerir, cobrar resultados e definir o que pode e o que não pode ser feito na empresa.As vezes tenho a impressão de que os funcionários estão na "escolinha", e seus gestores são os professores, que os olham de cara feia e estão prontos para bater neles com a régua.

Do que adianta ter um funcionário que não acessa nada destas coisas e fica "viajando" nos pensamentos na sua mesa, mantém os olhos colados na tela que mostra aquela planilha complexa, mas não está a produzir absolutamente nada? Quem passa por sua mesa pode ter a impressão de que é o melhor funcionário do mundo... sério e focado! No entanto, aquele que está a mil por hora, navega em todos os sites, está sempre ao par de tudo o que está acontecendo e tem em mente tudo o que deve entregar, prazos a serem cumpridos e trabalha focado em suas entregas, pode ser interpretado como um mau profissional pois navega na internet o dia todo quando deveria estar "trabalhando".Notável a diferença não?

Podem criar todas as ferramentas que quiserem, se não houver liderança que defina os objetivos e resultados claramente e cobre seus profissionaisdentro destas métricas, nenhum progresso acontecerá.Não estamos mais na ditadura, a censura acabou faz tempo, o que necessitamos hoje é de profissionais íntegros, comprometidos, motivados, sem isso não teremos resultados duradouros.

Assim como em um jogo, cabe a cada gestor escolher os jogadores do seu time, explicar a tática e intervir sempre que necessário com o objetivo de ganhar o jogo, tudo sempre com maturidade e respeito, assim serão respeitados e reconhecidos verdadeiramente como líderes e não como "autoridade".Se você não está satisfeito no time que está jogando, procure um outro time para comprar seu passe, felicidade no trabalho é essencial para qualquer profissional.

Mais importante do que fazermos o que é correto na frente dos nossos colegas e chefes, é fazer o que é o correto quando ninguém está nos observando, a não ser a nossa própria consciência.

Sejamos íntegros !
Boa semana a todos.
Luciana Tegon

8 comentários:

  1. Este é um assunto muito interessante e acredito que vc abordou com bastante clareza e exemplos práticos ... defendo como vc que ter o comprometimento do funcionário é td e conseguir isto é um dos papeis da liderança!
    Além dos aspectos acima descritos não podemos esquecer que os celulares de hj acessam a internet ... então o funcionário nem precisa da rede de net da empresa para navegar.. pois faz isso com seu celular! Portanto só resta orientar e mostrar aos empregado que se ele não se pagar todos perdem. @@

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  2. Oi Lu,
    Eu ainda não tive essa experiëncia mas em uma das entrevistas que fiz a pessoa que me entrevistou já queria saber a respeito de todas as minhas páginas de relacionamento e quantos contatos eu tinha no meu msn (achei engraçado) mas entendo o ponto de vista deles.
    A foto que voce usa em seu post já usei pra um dos meu artigos, caso voce ou as pessoas que frequentam seu blog quiserem ler ai vai:
    http://wwwanimapsicologia.blogspot.com/2009/10/lobos-em-pele-de-cordeiros.html
    abraço
    Lia

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  3. Muito legal, realmente ao inibir o acesso à informação estamos influenciando na forma de trabalho do funcionário.

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  4. Braz Ferraz Carlomanho10 de março de 2011 às 14:17

    Eu, quando ninguém está vendo, sempre estudo ou faço trabalhos comunitários, principalmente cuidando de animais abandonados.

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  5. Já vivi as duas situações: bloqueio de acessos e .. depois de algumas 'brigas' a liberação.

    Adorei o texto e penso como você.
    Que a responsabilidade e o bom senso prevaleçam sempre!

    Um abraço.

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  6. Parte dessa polêmica se deve a generalização que muitas vezes é feita. Para avaliar adequadamente a admissão ou não de equipamentos eletrônicos (computadores, celulares, smartphones, tablets, etc)é preciso contextualizar. Escrevi um artigo sobre este assunto no início desse ano e citei alguns exemplos. Existem casos em que é mais prudente restringir e mesmo coibir certas práticas durante o exercício da atividade profissional do que responsabilizar. Querem alguns exemplos? Vamos lá: controladores de voo nos aeroportos, enfermeiras supervisoras de CTI, caixa e seguranças de banco, comandantes e pilotos de avião...e essa lista vai longe. Por fim, e não menos importante, é preciso entender que leis, normas, regras, políticas, códigos de conduta têm, dentre outras funções, a de estabelecer limites e não deixar que as ações sejam direcionadas apenas pelo bom senso das pessoas. Como já disse Karl Max "o caminho do inferno está pavimento de boas intenções"!

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  7. Gostei muito da forma como abordou o tema, discutir limites e liberdades na web é algo imprescindível atualmente.
    O diálogo entre empresas e funcionários é, a cada dia, mais valioso.
    Sucesso!

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  8. Será que não precisamos de empresas mais planas sem a estrutura hierárquica tradicional convencional? Com a facilidade de acesso aos equipamentos de comunicação portátil, os "líderes" estão só um pouquinho adiantados aos seus colaboradores. Penso em novos paradigmas e uma nova sociedade com relacionamentos diferentes dos atuais. A propósito, acho q muitas pessoas conhecem a letra do Belchior: "Como os nossos pais"
    "Minha dor é perceber
    Que apesar de termos
    Feito tudo o que fizemos
    Ainda somos os mesmos
    E vivemos
    Ainda somos os mesmos
    E vivemos
    Como os nossos pais..."
    abs,
    @grillojotae

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