domingo, 11 de dezembro de 2011

Fechando o balanço de 2011.


Sabem quem é este simpático Senhor, sentado sobre uma pedra na praia ? Albert Einstein, um dos rostos mais conhecidos do mundo, além dos pensamentos iluminados e provocativos que nos inspiram ao longo dos séculos. Einstein era dono de uma característica que ao meu ver é pouco exercida nos tempos atuais - o hábito de pensar e refletir sobre a vida e os acontecimentos que nos cercam. Vivemos tão pressionados e empurrados pela rotina do dia a dia, que quando nos restam alguns poucos minutos de tranquilidade, a última coisa que desejamos fazer é pensar na nossa vida.

Isso me leva a uma célebre frase do nosso amigo Einstein, que eu gosto muito:
"Não se pode esperar resultados diferentes fazendo as coisas da mesma forma"


Final de ano é sempre um convite à reflexão. Analisamos o que fizemos, lembramos das resoluções do ano novo e muitas vezes concluímos que pouco ou nada mudamos ou alcançamos daquilo que desejamos quando este ano se iniciou. Aí entramos na fase de justificativas mentais para nosso fracasso, depois passamos pelo estágio de culpar os outros por não termos conseguido atingir nossos objetivos e finalmente, ficamos frustrados.

É claro que há também pessoas que com um firme propósito, perseveraram e estão acima da montanha escalada durante o ano saboreando a vista, sentindo o ar fresco da mudança,  e reconhecendo o quão fortes e determinadas foram, afinal, tudo é possível desde que sejamos persistentes e empreguemos energia para alcançar os nossos ideais.

Mas se você, neste momento pertence ao primeiro grupo, é para você este post, este convite à reflexão neste finalzinho de ano onde tanto seus sonhos como suas memórias estão frescas e podem ser consultadas rapidamente, sem muito esforço. O cérebro é muito poderoso, mas neste momento, o papel ou um arquivo em seu computador pode perpetuar suas intenções e faze-los pensar mais claramente.  Minha sugestão é que você escreva primeiro quais eram seus objetivos para 2011, em seguida,  quão perto chegou deles, e finalmente, o porquê alcançou-os ou não.

O resultado será bem simples. Nada de equações de Einstein. Explico. Se você alcançou tudo ou parte do que se propôs, certamente houve determinação, esforço e persistência. Do contrário, faltou tudo isso.

O que fazer agora ? Já inicie 2012 com seus objetivos planejados, e consulte frequentemente suas metas para que no decorrer dos 365 dias do ano de 2012, você tenha muito mais tempo e tranquilidade para ir em busca de todas estas coisas que você deseja mudar.

Você pode, basta querer. Pense, aja e persista, mudanças só se operam desta forma.

Desejo um bom final de 2011 com tempo para sua reflexão e que em 2012, você seja sua prioridade, pois só assim os outros poderão também desfrutar o melhor de você !

Bom final de ano !
Luciana Tegon

sábado, 12 de novembro de 2011

Nova Gestão de RH: Convergindo Diversidade para Resultados Diferenciados


O mundo dos negócios muda em ritmo acelerado; as relações das empresas com seus diversos stakeholders se intensificam e diversificam com a proliferação de canais e pontos de contato, meios e formas de comunicação e relacionamento, mudando para sempre as dinâmicas corporativas.

São mudanças irreversíveis em que o principal desafio reside na capacidade de adequação das pessoas às novas formas de entender a vida, o trabalho e suas relações e relacionamentos.


Políticas, regras, novas formas de gestão de pessoas e de controle produtivo, dentre outros, devem ser formuladas e implementadas a fim de prover diretrizes claras (guidance) às pessoas/liderados e, ao mesmo tempo, potencializar as habilidades e pontos fortes de cada colaborador, assim como criar caminhos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de requisitos que eventualmente estejam aquém dos parâmetros de desempenho estabelecidos pela empresa.

Apesar de a tecnologia estar alcançando participação e relevância cada vez maiores nas empresas, seja em função de sua capacidade de processamento, automação de processos, provimento de informações, agilização das rotinas de trabalho, colaboração entre equipes ou até mesmo dos ganhos de produtividade nas dimensões fabris, o fator humano ainda é, sem dúvida alguma, o fiel da balança para o sucesso ou fracasso das empresas em um mercado cada vez mais disputado.

Assim, decisões que requerem sensibilidade, inteligência, sagacidade, conexão e capacidade de análise crítica e integrada de variáveis tangíveis e intangíveis, dentre outras, ainda são exclusividade do ser humano.

Em face às evoluções e inovações vivenciadas pelas organizações, a gestão de pessoas, integrada às necessidades e rumos traçados para o negócio (via planejamento estratégico e vivência da cultura corporativa), reforçam a importância de se focar em aspectos mais estratégicos em detrimento da gestão excessivamente burocrática, técnica e verticalizada.
Muito se discute acerca da política mais correta e mais eficaz de gestão de pessoas, mas o fato é que para se obter uma diferenciação competitiva comprovada a partir desta competência, faz-se necessário otimizar e/ou maximizar os recursos/ativos existentes (que são finitos) na empresa e em seu ecossistema em níveis superiores aos dos seus concorrentes.

Atualmente, algumas linhas de abordagem da nova Gestão de RH sinalizam para a incorporação dessas tendências em seu core gerencial e exemplificam alterações significativas em seu posicionamento e nos papéis desempenhados, tais como a busca pela identificação e compreensão de seus reais stakeholders, compreendendo os impactos e efeitos de sua ação na cadeia de valor de seu negócio; uma maior preocupação com políticas e técnicas de identificação e mensuração do valor agregado pelos indivíduos, repercutindo em remunerações diferenciadas e programas de retenção de talentos; o uso intensivo da tecnologia a serviço do trabalho, principalmente no que se refere à adoção de ambientes, canais e sistemas que permitam a interação e comunicação multifuncional entre grupos de trabalho ou ainda a adoção de novos modelos experienciais e sustentáveis de atuação e aprendizado individual e coletivo.

Em relação à sua estrutura e modelo organizacional, a visão tradicional de departamento burocrático e verticalizado vem migrando para desenhos muito mais fluídos e distribuídos – e, portanto, influentes, com participação direta e proativa da alta gestão com as particularidades e necessidades de cada indivíduo, de seus papéis, responsabilidades e nível de desempenho alcançado.

Mais do que nunca, as empresas precisam de pessoas que agreguem valor aos seus bens e serviços através da criatividade e capacidade produtiva, potencializadas pelo ambiente corporativo e pela atuação direta de um RH presente, moderno, comunicativo e eficaz.
Dentre todas as funções do RH, à luz da perpetuação e compartilhamento dos valores da empresa e da cultura corporativa, aparentemente está no velho trinômio atrair, capacitar e reter talentos seu maior e mais relevante desafio.

Artigo escrito por Thiago de Assis, consultor sênior na DOM Strategy Partners, com os agradecimemtos do Blog do Headhunter pela colaboração.

Tenham todos um excelente final de semana.
Luciana Tegon

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O que o Sucesso do Ceni tem em comum sua atuação na Empresa?

Esta semana abrilhantamos este post com um artigo de Cezar Tegon, convidado do Blog do Headhunter. Cezar é colunista da Universidade do Futebol, e eu particularmente acho muito criativo este paralelo que é feito entre o futebol e a gestão e desenvolvimento de pessoas. Espero que gostem e comentem !

Boa semana a todos, que tenhamos disposição para jogar os 90 minutos !
Luciana Tegon

                                                

O que o Sucesso do Ceni tem em comum sua atuação na Empresa?
Você gostaria de ter tudo isso? Saiba o que é preciso para alcançar uma marca semelhante à de Rogério Ceni.

Saudações a todos!
Havia pensado em outro tema para a coluna desta semana. Mas após ver uma coletiva de imprensa, que o Rogério Ceni, goleiro do São Paulo Futebol Clube, realizou no último dia 7 de setembro, após a partida vitoriosa contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro 2011 em comemoração ao seu jogo de nº 1.000 com a camiseta do clube, acabei mudando de idéia, o que eu tinha pensando para esta semana, ficará para a próxima.
Todos sabem que não sou um torcedor do São Paulo, no entanto, admiro e valorizo pessoas esforçadas, e o Rogério Ceni é um exemplo a ser seguido. Independente do time do coração, para quem quer atuar no futebol, no campo profissional, este fator deve estar sempre em segundo plano.
Mesmo versando sobre liderança, sucesso, reconhecimento e o esforço para atingir um objetivo, citar exemplos da área em que atuam, é sempre mais fácil de assimilar.
Farei aqui um paralelo do que Ceni fala em sua entrevista, versus o que acontece nas empresas ou nos clubes. E verão que são realidades idênticas. Para começar, assistam ao vídeo da coletiva neste link: http://bit.ly/nE8sHM - peço que analisem os primeiros 21min, pois depois a entrevista se foca no jogo que acabou de acontecer, propriamente dito. Outra dica importante a compreensão total do vídeo, é deixar seu lado torcedor de lado, e ter o olhar de um líder, de quem quer ter sucesso e reconhecimento, e percebam o esforço necessário para se chegar lá.
Um exercício que sempre procuro fazer ao ver um filme ou uma entrevista, que considero de alguém importante, é o de ver com olhar empresarial, e desta forma entender como posso aplicar o que está sendo dito ou mostrado no dia a dia das empresas. Acredito que neste caso, vários trechos da entrevista podem ser aproveitados por vocês, por conter muitas lições a serem aprendidas.
Vale lembrar, ao passo que assistem ao vídeo, que esse ídolo do São Paulo, nunca fez cursos para ser um líder, mas tem essa virtude em seu DNA, além, é claro, de muita atitude. Vejo que muitos profissionais que ministram cursos para a formação de lideranças transcorrem sobre conceitos e ensinamentos, e depois, na pratica, não fazem nada do que pregam. O caso do Rogério é diferente, é possível comprovar que ele faz o que fala.
Pontos de atenção
- Cobrar internamente e ressaltar as qualidades publicamente: sabemos que o Rogério Ceni cobra sempre os resultados do grupo, marca forte. Mas suas cobranças são feitas a portas fechadas, só o grupo sabe, em contra partida, ele sempre elogia as conquistas, valoriza o grupo - como fez nessa entrevista, elogiando o esforço de cada um, ressaltando os gols, o comprometimento com o resultado e etc. Nas empresas de sucesso, os líderes e as equipes que apresentam os melhores resultados, agem exatamente assim. Internamente, existem as cobranças pela qualidade, e fora, para o público externo, como os clientes, por exemplo, os membros dessas equipes são sempre muito valorizados, e ninguém nunca é apontado como único responsável por um erro. Quando algo de bom acontece, os elogios são externados e enaltecidos.

- Valorizar a estrutura que o clube proporciona: Ceni fala que o clube oferece uma estrutura técnica. Na empresa é a mesma coisa, um bom líder e as pessoas de sucesso, devem valorizar tudo o que é oferecido e que possa agregar no seu desenvolvimento. Um ótimo talento sem bons recursos, não consegue render o que poderia, e o profissional de sucesso sabe disso, e valoriza muito esses pontos.

- Exemplificar com atitudes e não apenas com palavras: mesmo estando cansado, com a idade que tem, com as contusões sofridas, com as dores que certamente sente como resultado desses anos de muito esforço e etc., Ceni treina diariamente. Poderia não treinar em alguns dias, principalmente quando está com mais dores, mais exausto, ninguém falaria nada, mas ele se preocupa em ser o exemplo, em mostrar com suas atitudes o que deve ser feito, é o primeiro a chegar e o último a ir embora dos treinos, o recado que fica para os demais, principalmente para os mais jovens é: você quer ter sucesso, ser referência? Então faça o que eu faço! E olha ele faz isso há 21 anos. E tem gente que acha que fazer isso um dia, uma semana, um mês, um ano, já é garantia de sucesso eterno. Puro engano!

Com certeza, em seu trabalho, existem exemplos parecidos. Acredite que os grandes líderes, mesmo em “férias”, estão sempre atentos ao que está acontecendo com sua equipe. Trabalham com dedicação impar, e procura fazer de todos os dias como fizeram no primeiro. Não é fácil, mas se você quer ter sucesso, siga o exemplo dessas pessoas.

- Pensar antes de falar: como o líder é referência para os outros, todas as suas atitudes são avaliadas. Nos jogos que o time não vai bem, onde as coisas não saíram como ele queria, seu papel é pensar sobre o ocorrido e só depois falar com a impressa, na saída do campo não se pode falar nada. Se não tomar cuidado, o que era algo simples pode virar um problemão.

- Focar no resultado e nos objetivos: a entrevista citada acima têm dois exemplos ótimos. O primeiro é o que ele relata sobre estar tão concentrado no jogo, no trabalho, mesmo sendo um dia de festa (festa para a torcida, para ele a festa foi apenas após o jogo), esqueceu as filhas no vestiário, uma vez que as filhas entrariam com ele em campo, e minutos depois, alguém lembrou este fato e tudo certo. O segundo é quando cita o que aconteceu 20 minutos depois do jogo, tendo em mãos todos os resultados da rodada, a posição do time no campeonato, as chances teóricas, os próximos jogos, etc, e notem que após o jogo ele ainda foi fazer antidoping, ou seja, saiu do campo direto para entrevista e já sabia tudo o que era importante para o time na tabela, foco total nos objetivos. Na empresa esse foco em resultados, objetivos, são dois dos principais atributos de um líder. Digo sempre que as pessoas têm duas opções: uma é focar nos objetivos, nas soluções, ser parte dessa solução, e a outra é só se preocupar com os problemas, com o que deu errado, agindo assim, você se transforma em parte do problema. Pensem e escolham em que direção deve seguir.

- Lembrar dos sucessos, das conquistas e do dever para ser um campeão sempre: Ceni ilustra esse cenário de realizações aos mais jovens do grupo, e mostra também qual o esforço necessário para que isso seja possível. E isso é motivador para qualquer um. Em ambiente corporativo é fundamental lembrar a todos das glórias, das grandes contas conquistadas, dos elogios nos atendimentos, relembrar esses fatos aos que participaram e mostrar para os mais novos, o que é possível ser feito e qual é o esforço necessário. Paralelamente o líder deve sempre mostrar também o que deu errado, o que não deve ser feito e seus impactos. Claro que os erros sempre devem ser bem menores que os acertos, caso contrário, a empresa não será uma empresa de sucesso ou o clube não terá conquistas, mas é importante lembrar e principalmente aprender com os erros.

- O jogo mais importante é o próximo: Ceni diz em pegar os bons exemplos e dos grandes feitos, mas o que passou e não poder ser mudado, então aproveite e se prepare, pois o mais importante é o próximo jogo. Quando se aposentar, aí sim, será hora de lembrar-se do jogo mais importante, das taças e etc. Na empresa é exatamente igual, e o importante neste caso é saber o que pode ser melhorado para o próximo cliente, na próxima venda. O amanhã são os dias tão importantes quanto o hoje.

- Lembrar como começou e quem o ajudou: mesmo sendo um ídolo hoje, Rogério se lembra de quem o ajudou no inicio de sua carreira, e é grato. Fala também da primeira final que jogou, ainda no juvenil, na qual estava com ama luva do Gilmar e com a camisa do Zetti, e até hoje é grato aos dois. E fala inda dos momentos especiais, quando os holofotes estavam todos voltados para ele, se lembra de coisas boas e ruins e de como foi sua estrada. Muitos profissionais já querem começar como diretores – não querem ter um passado em cargos menores - mas na empresa, o líder nato não começa em posição de liderança, não começa em cargos na alta hierarquia. Com certeza ele tem no DNA a liderança, mas antes de subir ao topo, terá que jogar mais um tempo, e suas atitudes, inclusive estas de lembrar como, onde e quem o ajudou no inicio, são determinantes para se chegar lá. Depois no cume, o desafio maior será o de continuar lá em cima.

Resumindo, assistir a este vídeo é poder ver na pratica algumas dicas fundamentais, pois são momentos especiais, que não podem ser desprezados por quem deseja ser um bom líder, aproveitem!

Agora, intervalo, vamos aos vestiários e nos vemos em 15 dias, na coluna do dia 16/09.

Abraços a todos!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O apagão ainda nem começou !


Muito temos ouvido falar sobre o "apagão de talentos" neste último ano. Com tantas expectativas em torno da Copa, Olimpíadas e o pré-sal, o  Brasil hoje já se pergunta se haverá mão de obra qualificada para dar conta da demanda que está por vir.

Na entrevista dada ao Jornal do Concurso, Cezar Tegon - Diretor da ABRH-Nacional, nos dá uma boa ideia dos desafios e oportunidades que teremos nos próximos 5 a 10 anos.

Assista a entrevista completa

Não deixe de assistir, são só 14 minutos para você dominar o assunto !
Tenham todos uma ótima semana !

Luciana Tegon

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Treinamento Corporativo e Sua Importância Estratégica

A combinação de apagão de talentos, crescimento econômico e aumento da complexidade dos negócios fizeram com que os programas de treinamento corporativo passassem a ter importância estratégica em muitas empresas.
O mesmo pode ser dito sobre as pessoas que trabalham em tais organizações. Afinal, seus job descriptions cada vez mais requerem um conjunto de habilidades, conhecimentos e capacidades de lidar com novas ferramentas e tecnologias em um ambiente caracterizado pela incerteza e mudança.

Breve Histórico da Educação Executiva e a Parceria entre Empresas e Instituições de Ensino
A história da educação executiva remonta ao final do século XIX quando as business schools de Wharton e Harvard foram criadas com o objetivo de prover educação prática (em oposição à educação formal e teórica da época) sobre finanças, marketing, RH e produção.
Esses eram programas do tipo “one-size-fits-all” que atendiam principalmente às necessidades de indivíduos em oposição às necessidades das organizações nas quais eles trabalhavam.
Isso vem mudando, a partir do momento em que as empresas passaram a desenvolver parcerias com diversas instituições de educação executiva. Dessa forma, passaram a incluir os programas de educação executiva em seu mix de treinamento corporativo.
Essas parcerias têm sido revistas com o objetivo de atualizar os programas de treinamento corporativo. Essa revisão busca desenvolver programas que sejam ao mesmo tempo úteis, mensuráveis, eficientes e integrados às necessidades das companhias.  Tais programas englobam um mix de atividades que incluem, dentre outros, imersão, coaching, mentoring e cursos formais.
A Nova Cara dos Programas de Treinamento Corporativo
Além da revisão do mix de atividades, a parceria entre instituições de ensino e empresas tem levado à modificação do currículo dos programas para alinhá-los às necessidades das organizações.
As principais modificações são:
·         Da educação teorética para a educação experimental
·         Do passivo (escutar) para o ativo (fazer)
·         Do aprendizado ditado pelo professor para o aprendizado ditado pelos estudantes
·         Da abordagem genérica para a abordagem customizada
·         Da memorização para o brainstorming
·         Dos exames baseados em questões para exames baseados em projetos
·         Do “passar nos testes” para o aprendizado por toda a vida
·         Da transferência de conhecimento para a co-criação de conhecimento
·         Do aprendizado competitivo para o aprendizado colaborativo
No passado, o foco do treinamento corporativo era ensinar as habilidades funcionais básicas como estratégia, finanças e marketing, por meio do aprendizado teórico, estudos de caso e palestras de professores.
Hoje, o treinamento corporativo aborda temas como globalização, liderança, diversidade de empregados, alianças organizacionais, e-commerce, cadeias globais de suprimento, impacto de novas tecnologias e afins e é maximizado e tangibilizado em seu quotidiano com as chamadas Universidades Corporativas.
 Conclusão
A importância estratégica do programas de treinamento corporativo é cada vez maior. A razão disso é que empresas e funcionários reconhecem a necessidade de desenvolver competências e habilidades que os permitam lidar com o alto grau de incerteza e complexidade características de muitos setores.
Em razão disso, novos modelos, técnicas e ferramentas têm sido desenvolvidas para melhorar o treinamento corporativo. Ademais, a estrutura do processo de treinamento dentro das organizações e seus diferentes modelos e formatos, a base curricular, o mix de atividades e as parcerias entre instituições de ensino e empresas também têm sido revistos de modo a garantir um melhor alinhamento entre as necessidades das organizações e os programas de treinamento corporativo.

Artigo escrito por Thiago de Assis, consultor sênior na DOM Strategy Partners, com os agradecimemtos do Blog do Headhunter pela colaboração.

Tenham todos um excelente final de semana.
Luciana Tegon

domingo, 7 de agosto de 2011

No skype, Yes People !



Quem me conhece sabe que sou skypemaníaca, mas, o excesso de digitação debilitou  minhas mãos e tive que rever meus métodos de trabalho. Decidida a poupar meus tendões, modifiquei minha rotina. Chegava ao escritório, cumprimentava a todos e já ia alinhando os assuntos pendentes, tirando uma dúvida aqui, esclarecendo uma situação alí, jogando conversa fora sobre o final de semana, e assim passava o dia, no meio da minha equipe ao invés de ficar na minha sala sentada atrás da tela.

De volta ao computador, surpresa ! Um volume muito menor de emails para ler, e especialmente para responder. Fiz o mesmo com os clientes, passei a telefonar mais para tratar de assuntos que levaria horas para escrever, mantendo a formalização via email apenas para o que era necessário.

Refleti e concluí que um contratempo - a tendinite que se instalou nas minhas mãos - serviu para que eu procurasse outra forma de fazer as coisas. E o mais legal de tudo isso, é que  senti mais prazer em realizar meu trabalho junto da minha equipe, estreitando laços, estimulando cada um dentro das suas necessidades, conhecendo a todos de forma única, afinal, cada ser humano é muito singular e é isso que me encanta, a diversidade.

Tudo é mais fácil quando explicado "olho no olho", desenvolvemos pessoas através da disseminação do conhecimento e isso requer tempo, disponibilidade e sobretudo, amor ao que fazemos.

As pessoas estão desaprendendo a se relacionar pessoalmente, com tantas redes sociais, lotadas de pessoas que nem sequer sabemos quem são, o tempo é pouco para tanta tecnologia e até para dar conta da pressão que ela nos impõe.

Longe de ser um retrocesso o abandono ao skype durante o dia -  quando estou acessível às pessoas pessoalmente ou por telefone - acredito que esta mudança me trouxe ganhos na gestão dos meus negócios e da minha equipe.

A proximidade elimina os mal entendidos que tão frequentemente observamos na troca de emails e mensagens, pois a possibilidade de olhar o interlocutor te fornece um sem número de informações que contribuem para um melhor resultado de forma geral, seja nas relações pessoais como de trabalho.

Deixo aqui meu relato sobre esta mudança incomum para os dias de hoje, onde nos afogamos em tanta tecnologia, mas posso afirmar que o resultado surpreendeu !

Uma boa semana para todos !
Luciana Tegon

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Blog do Headhunter: O desafio da atração e retenção de candidatos nos ...

Blog do Headhunter: O desafio da atração e retenção de candidatos nos ...: "Antigamente, buscar candidatos em um processo de recrutamento e seleção não era uma tarefa tão difícil como na atualidade. Anunciada a vag..."

O desafio da atração e retenção de candidatos nos dias de hoje.


Antigamente, buscar candidatos em um processo de recrutamento e seleção não era uma tarefa tão difícil como na atualidade.

Anunciada a vaga, a questão era escolher os melhores qualificados, com disponibilidade imediata para início, dentro da proposta de salário da empresa e ainda que morassem perto da empresa. Mesmo com todos estes requisitos, preencher uma vaga não era um bicho de sete cabeças. A equação era, a empresa escolhia um entre vários candidatos que estavam ávidos por uma oportunidade.

Nos dias de hoje, quando já falamos em pleno emprego em algumas regiões do Brasil, a dificuldade é atrair candidatos interessados para a oportunidade de trabalho. Hoje, temos cada vez mais empresas sendo escolhidas do que empresas escolhendo seus talentos.

O fator distância entre a residência do profissional e o seu futuro local de trabalho já está encabeçando a lista de quesitos avaliados pelos candidatos. Em grandes metrópoles, onde o tempo de deslocamento por vezes passa de 1 hora e meia, vemos todos os dias candidatos buscando trabalho mais próximo de suas casas.

Muitas vezes pessoas bem empregadas em empresas de renome, mas que esgotadas pelo cotidiano cruel do trânsito, fazem a opção pela qualidade de vida que terão se trabalharem mais perto. Fazem planos de investir o tempo economizado no trajeto em seu bem estar, como frequentar academia e estar mais com a família.

Superada a questão da distância, constato candidatos participando de 3 a 5 processos seletivos ao mesmo tempo, e mesmo empregados, estão ligados em possibilidades de crescimento profissional. Avaliam distância, salário, possibilidade de crescimento, incentivo em cursos e especializações. As empresas, passaram de selecionadoras, à selecionadas.

Está de fato instalada a guerra pelos melhores talentos do mercado. Há muitas oportunidades e pouca gente qualificada (na visão das empresas).

Outro dado importante. Há alguns anos as empresas contratavam pessoas que realmente identificavam como potenciais e investiam em sua formação. Hoje, os gestores procuram pessoas já altamente especializadas no segmento de atuação, e estão sem verba para investir na formação de seus talentos. Resultado ? Buscam a agulha no palheiro. Está cada vez mais difícil encontrarem o profissional "pronto" que buscam.

E enquanto as empresas menos antenadas para esta nova realidade procuram pelo "ótimo", o "bom com potencial" passa todos os dias pelas salas de seleção e são descartados sem uma análise mais aprofundada do que está por vir. 

Amanhã, aquele "bom candidato com potencial" terá sido contratado pelas empresas que acordaram para este novo cenário de pleno emprego + copa do mundo + pré sal + olimpíadas. Este mesmo candidato terá se desenvolvido e ganhará muito mais, estará buscando outras posições, enquanto as empresas que insistem em resistir à realidade, continuarão buscando os "otimos e prontos " no palheiro.

Vamos ajustar nossos focos !
Final de semana vem vindo, descansem porque a vida não é feita só de trabalho...
Luciana Tegon

sábado, 23 de abril de 2011

Diga NÃO ao preconceito !


Essa semana aproveitei para colocar a leitura em dia. Em uma revista li uma matéria sobre preconceito, e uma parte da matéria trazia relato de pessoas que confessavam ter preconceito contra negros, obesos, homossexuais entre outros.

Uma destas pessoas que tiveram seus nomes trocados, afirmou que não contratava negros, "gordos" e homossexuais. Pensei comigo, meu Deus, em pleno século 21 ainda existe preconceito contra algumas classes, que são exercidos todos os dias, mesmo que de forma sutil e velada.

Justificava a pessoa, que não contratava negros pois estes reagiam mal à algumas tarefas como pegar café ou ajudar na organização do ambiente, que gordos  são desequilibrados e os homossexuais são muito melindrosos. 

Acho que mais do que não praticar o preconceito, devemos praticar a INCLUSÃO de pessoas que têm menos oportunidade, como por exemplo pessoas que moram nas periferias, sequelados, queimados, fanhosos, gagos e um sem número de pessoas que não estão incluídos sob a tarja de PNE, e que não conseguem um trabalho por conta destas "diferenças".

Claro que não estou sugerindo que ninguem contrate uma pessoa que gagueja para o cargo de telefonista, mas tem um sem número de outras posições em que uma pessoa com esta limitação pode se sair bem tranquilamente, basta pensar um pouco, ao menos considerar a situação.

Voltando aos negros, obesos e homossexuais, os mais perseguidos, penso que se o candidato preenche os requisitos de conhecimento e experiência que a posição exige, devem sim ser incluídos e avaliados sem qualquer preconceito por suas escolhas pessoais.

Uma vez contratados (e eu tenho várias experiências neste sentido), jamais precisei desligar qualquer uma destas pessoas por conta de reflexos de sua vida pessoal no seu ambiente de trabalho. Claro que há exceções nestes grupos, assim como há magros, brancos e heterosexuais que usam drogas, são alcoólatras, enfim, trazem problemas pessoais para o ambiente de trabalho inviabilizando sua manutenção no trabalho, mas que fique claro que estas situações não são prerrogativas da cor, peso, estatura ou preferência sexual, são aspectos de cada indivíduo.

Profissional não tem cor, não tem idade, não tem opção sexual, não é medido em quilos ou por padrões estéticos. O profissional tem que ser profissional. Atender e superar as expectativas daquela função, estar realizado na empresa, relacionar-se bem com seus superiores e equipe e também, ser avaliado exclusivamente sob este prisma. 

Como desejar um mundo melhor se continuarmos praticando velhos hábitos de exclusão que engrossam os níveis de marginalidade no país e no mundo ?

De uma coisa eu tenho certeza.  Há vários talentos "encostados" à espera de uma oportunidade e de uma empresa que esteja voltada para um novo pensamento, mais justo e digno. 

Como dizia Gandhi " Seja a mudança que você deseja ver no mundo. "

Que possamos praticar a inclusão em todos os nossos atos.
Luciana Tegon

domingo, 10 de abril de 2011

Você nas redes sociais !



Só se fala em redes sociais, por onde navegamos vemos Linkedin, Facebook, Twitter, Orkut, palavras novas, sistemas poderosos de ligação entre pessoas e interesses.

Essa semana tristemente recebi muitos emails de pessoas que procuraram recolocação profissional, pagaram pelo "serviço" e foram lesadas pois as pessoas sumiram, outras continuam sem trabalho, enfim. 

Estas pessoas me pedem uma indicação de empresas de recolocação, e infelizmente não indico nenhuma pois é um serviço muito muito complicado de ser prestado, e há vários profissionais picaretas no mercado.

Como eu sempre falo, seu melhor agente é você mesmo. Invista em ter um bom currículo, divulgá-lo de forma adequada nas redes sociais, buscar grupos e network condizentes com seus objetivos e acima de tudo, persevere todos os dias e acredite !

Muito tem se falado sobre o que é certo e errado em matéria do que devemos divulgar em redes sociais, e com o objetivo de compilar este grande número de informações, a Elancers preparou um material completo sobre redes sociais, e como você pode tirar proveito de toda essa tecnologia, de forma elegante, objetiva e eficaz.

Acesse o link http://www.elancers.net/spl_v3/default_cand.asp e aproveite a leitura ! 

Uma última dica ! Quem tem currículo cadastrado na Elancers, além de não ter qualquer custo,  com apenas um clique divulga seu currículo no Linkedin, Facebook e Twitter. Ter seu currículo na base Elancers lhe permite distribuí-lo através de um link seguro, que os recrutadores não temem abrir, diferentemente dos currículos enviados em anexo, bloqueados em várias empresas pois podem estar infectados por vírus. 

Abraços a todos, boa semana !
Luciana Tegon

segunda-feira, 28 de março de 2011

Entendendo o recrutamento e seleção


Diariamente recebo muitos emails vindos de candidatos que estão inconformados com a falta de recolocação, postura dos selecionadores, das empresas enfim, um sem numero de queixas, alguns que procedem, outras que são na verdade mal entendidos.

A fim de colaborar para aclarar um pouco a visão dos candidatos até para que não fiquem imaginado monstros onde eles não existem, dedico este post. 

Recentemente um candidato ligou para uma empresa que atendemos queixando-se não concordar com a sua reprovação na fase perfil comportamental de um processo seletivo. Primeiro erro, ligar para a empresa a fim de discutir sua eliminação, mas nem vou entrar no mérito porque o assunto aqui é outro.

O perfil comportamental de uma pessoa é obtido através de várias ferramentas disponíveis hoje no mercado, que avaliam basicamente 4 fatores do comportamento humano - dominância, comunicação, sentido de urgência (agilidade) e formalidade (regras). Com base nesta avaliação, os selecionadores sabem se aquele profissional tem o perfil adequado para aquela determinada posição.

Ser reprovado nesta fase não signfica que você não é um bom profissional, ou qualquer outra menção negativa a você ou ao seu currículo, entenda o porquê.

Cada posição que trabalhamos aqui,  inicia-se com o levantamento do perfil da vaga, atribuições daquela posição, organograma da posição (gestores, subordinados e pares),  cultura da empresa e outros fatores que levantamos para colocar a pessoa certa no lugar certo.

Este cuidado é importante pois colocar a pessoa certa no lugar certo, significa lucro para a empresa pois profissional feliz e realizado significa produtividade, e lucro para o candidato, pois estará trabalhando em uma posição na qual suas habilidades são importantes e podem ser ainda mais desenvolvidas. Este profissional realizará atividades e será cobrado  por resultados que está plenamente capacitado a alcançar.

Como costumamos dizer aqui na Tegon, "o porco não canta". Fazer um porco cantar significa investir muitos mil reais em aulas, treinamento e desenvolvimento e ao final desta jornada, ouvir o porco "ganindo", muito diferente do esperado canto do pássaro. 

Não adianta insistir em querer extrair de um profissional aquilo que ele não pode dar, é frustrante para os dois lados. E como evitamos isto ? Avaliando perfil da vaga x perfil do candidato. Este match, além de ser imprescindível para alocarmos um excelente recurso na empresa, é importante também para a realização do profissional.

Para aqueles que tiverem condições, façam um teste de perfil comportamental que inclusive é uma boa sugestão para seu autoconhecimento, e entendam suas habilidades e deficiências. O resultado, normalmente esboçado através de um laudo, ajudará vocês a  identificar oportunidades que efetivamente tenham relação com seu perfil.

Hoje você é escolhido por perfil, mas você também pode escolher oportunidades a partir dele.

Queria fazer um parêntese para dizer que escrevo neste blog com o maior carinho e que estou super feliz com o retorno de vocês através dos comentários e emails, obrigada pessoal !

Uma boa semana a todos vocês !
Luciana Tegon

quarta-feira, 9 de março de 2011

O que você faz quando ninguém está te vendo ?


Ah, esse assunto é sério...Com a explosão da internet, MSN, skype, orkut, facebook e outras tantas redes sociais, comunicadores instantâneos e sites explodindo na nossa tela, uma das grandes preocupações das empresas é assegurar que seus funcionários não vão deixar de trabalhar para acessar conteúdos pessoais e não relacionados ao trabalho, comprometendo assim a produtividade da área.

Firewalls, proxys e outras tantas ferramentas são instaladas nos computadores dos colaboradores para impedir os acessos e as navegações que não sejam ligadas ao trabalho, quando na verdade questiona-se por quais motivos não se pode ler notícias, falar com amigos e outras atividades que antes da internet eram feitas normalmente (o jornal era lido, os amigos ligavam em nosso telefone comercial).

A questão aqui, não é proibir, coibir ou censurar e sim, gerir, cobrar resultados e definir o que pode e o que não pode ser feito na empresa.As vezes tenho a impressão de que os funcionários estão na "escolinha", e seus gestores são os professores, que os olham de cara feia e estão prontos para bater neles com a régua.

Do que adianta ter um funcionário que não acessa nada destas coisas e fica "viajando" nos pensamentos na sua mesa, mantém os olhos colados na tela que mostra aquela planilha complexa, mas não está a produzir absolutamente nada? Quem passa por sua mesa pode ter a impressão de que é o melhor funcionário do mundo... sério e focado! No entanto, aquele que está a mil por hora, navega em todos os sites, está sempre ao par de tudo o que está acontecendo e tem em mente tudo o que deve entregar, prazos a serem cumpridos e trabalha focado em suas entregas, pode ser interpretado como um mau profissional pois navega na internet o dia todo quando deveria estar "trabalhando".Notável a diferença não?

Podem criar todas as ferramentas que quiserem, se não houver liderança que defina os objetivos e resultados claramente e cobre seus profissionaisdentro destas métricas, nenhum progresso acontecerá.Não estamos mais na ditadura, a censura acabou faz tempo, o que necessitamos hoje é de profissionais íntegros, comprometidos, motivados, sem isso não teremos resultados duradouros.

Assim como em um jogo, cabe a cada gestor escolher os jogadores do seu time, explicar a tática e intervir sempre que necessário com o objetivo de ganhar o jogo, tudo sempre com maturidade e respeito, assim serão respeitados e reconhecidos verdadeiramente como líderes e não como "autoridade".Se você não está satisfeito no time que está jogando, procure um outro time para comprar seu passe, felicidade no trabalho é essencial para qualquer profissional.

Mais importante do que fazermos o que é correto na frente dos nossos colegas e chefes, é fazer o que é o correto quando ninguém está nos observando, a não ser a nossa própria consciência.

Sejamos íntegros !
Boa semana a todos.
Luciana Tegon

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Consulta sobre restrição cadastral do candidato. A lei e a realidade.



Ah, este assunto dá um pano pra várias mangas....

Tema de uma discussão acalorada na internet, resolvi escrever sobre este assunto tão polêmico.

Eu sento dos dois lados da mesa, sou empresária e também sou headhunter, mas o meu entendimento é único sobre este assunto, entendimento que foi construído considerando o aspecto pessoal do ser humano, a política e o cenário de empregabilidade no Brasil nos últimos 8 anos, a visão do empresário quando está contratando alguém e a visão do recrutador que foi contratado para colocar alguém em uma empresa.

Eu acredito que quando conseguimos avaliar uma questão de vários pontos de vista, nos aproximamos de um entendimento justo da situação.

Julgar é muito fácil e rápido. Pensar e ponderar sobre vários ângulos dá um trabalho.... e poucas pessoas nesta megalópole estão dispostas ou têm tempo para isso.

Vamos lá, consultar o CPF de um candidato é legal (no sentido de ser permitido pela Lei) ?

A resposta todos sabem, não é permitido, e esta prática é considerada como uma forma de discriminação se comprovada. Há várias jurisprudências neste sentido.

Mas apesar da proibição, a realidade é que muitas empresas fazem a discutida consulta antes de contratar seus funcionários.

Do ponto de vista pessoal, considerando o ser humano, acho absolutamente normal uma pessoa ter ficado um período sem trabalho ou renda e este fato ter afetado seu orçamento a ponto de prejudicar seu cadastro de crédito. Conheço várias pessoas que são idôneas, lutam para tentar regularizar seu crédito justamente em virtude de terem passado um período de dificuldade. Neste aspecto esta prática é injusta e até mesmo superficial e incoerente para determinar se um candidato que é qualificado pode ou não ser admitido por ter restrições de crédito.

Do ponto de vista político e social, o Brasil nos últimos 8 anos vem vivendo um período de desenvolvimento. Em algumas regiões do Brasil já se fala em pleno emprego. Apesar disto tudo, fazendo um  link com o outro post, pessoas com mais de 40 anos já encontram dificuldade para empregar-se (cenário que tento reverter todo santo dia), logo, sem renda, deixam de honrar seus compromissos até que consigam mudar de rumo, readquirir uma renda, readequarem-se ao seu novo orçamento e após, recuperarem seus créditos.

Do ponto de vista de um empresário ou um gestor de empresa, admitir um candidato traz sempre algumas preocupações, dependendo do cargo (área financeira, gerencia e outros cargos de confiança), o fato da pessoa ter o "nome sujo" pode parecer um péssimo indício, algo do tipo "se não consegue gerir seu cofre, vai poder gerir o cofre da empresa ? "

Apesar de financistas e gerentes serem humanos mortais, destes se cobra e se espera muito mais até mesmo pela natureza do seu trabalho, então acho até compreensível este tipo de precaução, mas não da forma discriminatória e superficial.

Como headhunter, trabalho dentro dos requisitos de meus clientes. Não cabe a mim fazer qualquer consulta porém, gosto de abordar na entrevista o assunto "restrição cadastral". Pergunto se a pessoa tem alguma restrição em seu nome que deseja declarar, e posso afirmar que em 99% das vezes quem está com problemas coloca isso de forma aberta, positiva e justificada, o que atende plenamente o meu objetivo.

Há tambem o aspecto "razoabilidade" da eventual restrição. Uma pessoa com salário mensal  de R$ 3.000,00 por mês  com dívidas de até 3 vezes este valor, pode justificar com mais facilidade a situação.

Já entrevistei candidatos com salário mensal de R$ 1.500,00 que deviam mais de R$ 30.000,00 no mercado. Há uma flagrante diferença entre o primeiro e o segundo não ?

A chave da questão está em analisarmos caso a caso e não de forma purista e isolada, senão, quantos bons candidatos serão rejeitados por este critério cruel ? Quanto mais fundo ficará o buraco em seus bolsos se novas oportunidades lhes serão negadas ?

Como eu aprecio uma boa discussão, proponho mais duas para incrementar esse post:

Você está contratando uma babá ou uma assistente do seu lar e resolve consultar os antecedentes ou o CPF das candidatas. Atire a primeira carteira de trabalho aquele que vai ignorar as restrições que aparecerem....você vai deixar seu filho com uma babá que tá devendo no cartão das Casas Bahia, protestada pela operadora de telefonia, ou vai preferir contratar aquela outra que não é uma "brastemp" mas tem o nome limpinho ? Você pode até não discriminar a pessoa, e  acabar contratando-a,  mas que vai querer investigar mais a fundo esses registros, com certeza vai não é mesmo ?

Outra boa discussão. Uma empresa  consulta o CPF dos candidatos antes da admissão. Pergunto, esta mesma empresa  faz pesquisas a cada 3 meses em seu corpo de funcionários ? Demite aqueles que tem restrições em seu nome ? Por que consulta e discrimina pessoas desempregadas, desesperadas para terem uma oportunidade de se reequilibrarem na vida e fecha os olhos para restrições de quem teoricamente tem salário todo mês ? Já pensou nisso ?

Fica para reflexão de todos.

Que possamos ter lucidez para enxergar as verdades e todos os ângulos de uma questão antes de julgarmos. Tudo parece diferente quando nos colocamos no lugar do outro.

Um grande abraço a todos vocês, e agradeço os emails e o prestígio ao meu trabalho no blog, faço com muito carinho para vocês.

Luciana Tegon

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Do you speak english ?


Pergunto, você fala inglês ? Respondeu sim ? Que bom para você, suas chances de empregar-se em oportunidades melhores e mais bem remuneradas são bem maiores, aliás, tem várias empresas procurando pessoas como você que fala duas línguas.

Respondeu não ? Então, preste atenção neste post !

Muitas pessoas ao concluirem a faculdade perguntam-se o que fazer depois, sugestões de cursos e especializações para incrementar seu currículo.

Há no mercado uma avalanche de MBAs, pós-graduações, doutorados, mestrados e outros títulos que podem ser conquistados até à distância, convidando esse mar de profissionais a se tornarem "estudantes profissionais".

Não, não sou contra cursos de especialização, pelo contrário, conhecimento nunca é demais, o cerne da reflexão que proponho neste post é avaliarmos a aplicação imediata do conhecimento adquirido.

Tenho trabalhado várias posições para meus clientes, aliás, graças a Deus o emprego está em alta e percebo que a cada 8 vagas que fazemos, pelo menos 5 exigem um segundo idioma, variando de intermediário à fluente.

E aí é que reside a minha preocupação como headhunter e o meu conselho aqui no blog para aqueles que estão procurando um curso ou aprimoramento profissional. Façam primeiro um idioma, preferencialmenteo inglês, e depois as desejadas especializações.

Vários são os motivos que todos nós temos para não estudar inglês, consegui até criar um ranking dos mais comuns !
- não tenho tempo
- não tenho dinheiro
- não quero fazer inglês no final de semana porque estou cansado(a)
- não uso inglês todos os dias então eu "enferrujo"
- o transito me impede de ir à escola
- sou tímido, não consigo falar inglês
 
Também tenho várias respostas incentivadoras para vocês, na mesma ordem das queixas acima:
- o tempo você é quem cria, você define suas prioridades e onde quer chegar
- tem vários pequenos cursos na net grátis ou com custo bem baixo, já é um começo pra você ir treinando
- se você realmente só tem o final de semana, encare o desafio, vai valer a pena
- você pode usar o inglês a todo momento, andar pela rua traduzindo mentalmente tudo que vê é uma ótima técnica, assistir filmes com legendas em inglês, ler livros em inglês, pensar em inglês, experimente...
- ok, o trânsito enlouquece todo mundo, mas a internet elimina a necessidade de deslocamento
- timidez se combate com segurança. Estude, e pratique, ninguem tem pronuncia perfeita e ninguem exige isso de nós, da mesma forma que todo mundo acha engraçado gringo falando "feijoada" e "caipirinha" em português. Além do mais, nós brasileiros somos naturalmente simpáticos, você deve ser capaz de compreender e ser compreendido, esta é sua meta. Faça o seu melhor.
 
Tem um ditado que meu marido diz que acho fantástico.
" O ótimo é inimigo do bom", sendo assim, faça o bom porque as vezes buscando o ótimo deixamos de agir e desistimos porque não nos achamos capazes.
 
Animados ? Não ? Então tomem coragem, definam seus objetivos e comecem a estudar, seja em casa, com CDS, no carro, no metrô, onde e como quiserem. Atitude !
 
O mundo está cada dia mais globalizado e o segundo idioma será mandatório em pouquissimo tempo, vai ficar fora desta ?
 
Boa semana para todos, tenham seus objetivos bem claros em suas mentes. O primeiro passo para o sucesso é o desejo de realizar algo.
 
Abraços a todos.
Luciana Tegon
 

sábado, 29 de janeiro de 2011

A empregabilidade após os 45 anos - Parte 3



Aqui estou eu novamente para falar da empregabilidade após os 45 anos. Gostaria de ter postado antes, mas tenho trabalhado demais, o mercado está aquecido, as contratações estão à todo vapor, o que muito me alegra, o país vive realmente uma nova realidade desenvolvimentista.

Faltam pedreiros, soldadores, torneiros mecânicos, profissões de base tão importantes para o crescimento de um país.

Antigamente, o filho do pedreiro já ia com seu pai pra obra para começar a aprender fazer a massa, assentava um tijolo aqui, outro ali, observando e aprendendo o ofício. Hoje, o filho do pedreiro e da empregada doméstica tem computador, celular, faz faculdade, estágio e decididamente não tem na cabeça a menor ideia de seguir a profissão dos pais pois o Brasil oferece muitas outras oportunidades.

Há 10 anos atrás, do nordeste, chegavam ônibus carregados de retirantes em busca de um emprego na construção civil, a esposa em uma casa de família ! Hoje, de São Paulo retornam ao nordeste estas mesmas pessoas que vão ser mestres de obra, pedreiros  e domésticas lá nas suas terras de origem, que assim como o sudeste e o sul, estão crescendo também. Retornam pois lá além do emprego que antes não existia, sentem-se valorizados e respeitados. Sim, digo respeitados porque ninguem lá chama estas pessoas pejorativamente de "baianos" , "nordestino" e outros adjetivos horrendos que ouvimos aqui.

É, o sudeste paga o preço da sua falta de respeito com estes trabalhadores. Já faltam empregadas para dormir no emprego, e quando encontramos uma, ganha mais de R$ 1.200,00 por mês ! Pedreiros também já ganham muito mais do que há 5 anos atrás. É o verdadeiro apagão profissional nas categorias de base ! Triunfam orgulhosas as lava-louças, as roupas que não precisam passar a ferro e os fast-foods.

Pois bem, com o país nesta cadência de crescimento, estamos assistindo um rearranjo profissional de jovens, adultos e idosos. Idoso hoje é considerada a pessoa de 65 anos. Mas é fato que alguém com 65 anos hoje esbanja saúde e disposição, muitas vezes até mais do que um jovem de 20 anos.

Se falamos aqui da empregabilidade após os 45 anos, uma pessoa com 65 anos, ainda disposta e apta ao trabalho já está teoricamente desempregada há 20 anos !

É fato que a previdência não dá conta de suprir o exército de pessoas com mais de 65 anos e a situação piora cada vez mais neste sentido, pois a medicina avança a passos largos e as pessoas vivem até cerca de 85 anos.

Se não dá para uma pessoa viver da renda da previdência, a ideia é que ela trabalhe. Mas se pessoas com mais de 45 anos tem dificuldade de se colocar, o que fazer ?

A parte 3 deste post trata justamente de uma das opções neste caso - iniciar uma nova carreira.

Assim como existe a orientação vocacional para os jovens que iniciam uma carreira, existe a orientação de carreira, algumas empresas já oferecem este serviço.

Para isso, é necessário que você avalie seu histórico profissional, identifique a área que gostaria de atuar, as profissões que o mercado está absorvendo no momento e até uma avaliação psicológica que vai da identificação dos seus anseios x suas habilidades.

Como eu sempre digo, planejamento é tudo na vida. Ninguém deveria tomar um rumo tão radical na vida calcado apenas no lado emocional de não estar satisfeito com sua profissão, com a empresa, com o chefe. Decisões assim devem ser tomadas com calma e com muita ponderação, usando o racional e não o emocional.

Se você está empregado, mas pretende iniciar outra carreira, prepare-se para isto gradativamente. Leia, estude, conheça, faça cursos sobre sua nova profissão. Vá buscando oportunidades de fazer esta transição de forma mais tranquila, já que seu sustento não está comprometido.

Se você está desempregado, a situação é totalmente outra. A primeira regra é gastar o mínimo possível de suas economias, neste quesito, cuidado com a empolgação em "montar um negócio". Conheço executivos que sairam muito bem financeiramente de empresas e perderam tudo abrindo um negócio do qual nada entendiam. Não planejaram, empolgaram-se e perderam tudo.

Claro que há pessoas que dão certo como novos empreendedores, mas repito, esteja preparado, conheça o que vai fazer, e prepare-se para os primeiros 12 meses do seu novo negócio. Passado um ciclo de um ano você sabe quando fatura mais e quando fatura menos, e pode adotar estratégias para os períodos de "seca".

Um fato é que aos 45 anos, normalmente você já tem estabilidade econômica que te permite investir algum tempo para fazer esta transição para uma nova carreira.

Uma coisa é fato, em países desenvolvidos ou em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, as oportunidades de trabalho aumentam a cada ano. Esteja atento à notícias sobre novos cursos, novas profissões, em que área estão faltando profissionais e ache o seu caminho, sempre com calma e bom senso.

O site www.mundodovestibular, cita as profissões do futuro até 2015:
1º Engenheiro de Petróleo
2º Engenheiro ambiental
3º Técnicos em produção, conservação e de qualidade de alimentos
4º Ajudantes de obras civis
5º Analistas de sistemas computacionais (TI)
6º Trabalhadores da fabricação de cerâmica estrutural para construção
7º Técnicos de produção de indústrias químicas, petroquímicas, refino de petróleo, gás e afins
8º Técnicos em fabricação de produtos plásticos de borracha
9º Técnicos florestais
10º Técnicos em manipulação farmacêutica

É certo afirmar que cursos técnicos de curta duração facilitam um emprego nestas áreas, ou seja, mesmo que você já tenha passado dos 45 e iniciando uma nova carreira, apostar num curso técnico é uma boa dica para empregar-se rapidamente pois o mercado contrata  e absorve profissionais nestas instituições de ensino. Uma vez empregado, você pode ampliar seus conhecimentos e galgar posições mais altas especializando-se naquela área através de cursos de especialização e pós-graduações.

Seus colegas do curso técnico possivelmente terão metade da sua idade, mas eu também considero isto um ponto positivo. Estar em um meio de diversidade faz sua cabeça enxergar novas possibilidades, você respira outros ares e certamente cresce com os novos cenários que começa a vislumbrar. Hoje esta idade pode parecer um impeditivo para juntar-se aos novos nestes cursos técnicos, mas em alguns pares de anos, esta será certamente a realidade, classes totalmente mescladas. O conhecimento transcende o fator idade.

As áreas mais em alta na atualidade são área de tecnologia da informação e as engenharias, ambas com várias especializações. Nestas áreas já faltam profissionais qualificados.

Navegando na net achei um artigo interessante sobre as 10 cargos mais difíceis de serem preenchidos, deixo para vocês lerem: http://www.vidauniversitaria.com.br/blog/?p=72868

Como eu sou uma eterna otimista, sempre acredito no potencial humano. Se não está feliz, antes arriscar e iniciar uma nova carreira do que insistir em levantar todos os dias para trabalhar em alguma coisa que você não gosta.

Uma coisa é certa, pensamento positivo SEMPRE !
Você é o que você pensa. Acredite e acontecerá.

Tenham uma ótima semana !
Luciana Tegon