A combinação de apagão de talentos, crescimento econômico e aumento da complexidade dos negócios fizeram com que os programas de treinamento corporativo passassem a ter importância estratégica em muitas empresas.
O mesmo pode ser dito sobre as pessoas que trabalham em tais organizações. Afinal, seus job descriptions cada vez mais requerem um conjunto de habilidades, conhecimentos e capacidades de lidar com novas ferramentas e tecnologias em um ambiente caracterizado pela incerteza e mudança.
Breve Histórico da Educação Executiva e a Parceria entre Empresas e Instituições de Ensino
A história da educação executiva remonta ao final do século XIX quando as business schools de Wharton e Harvard foram criadas com o objetivo de prover educação prática (em oposição à educação formal e teórica da época) sobre finanças, marketing, RH e produção.
Esses eram programas do tipo “one-size-fits-all” que atendiam principalmente às necessidades de indivíduos em oposição às necessidades das organizações nas quais eles trabalhavam.
Isso vem mudando, a partir do momento em que as empresas passaram a desenvolver parcerias com diversas instituições de educação executiva. Dessa forma, passaram a incluir os programas de educação executiva em seu mix de treinamento corporativo.
Essas parcerias têm sido revistas com o objetivo de atualizar os programas de treinamento corporativo. Essa revisão busca desenvolver programas que sejam ao mesmo tempo úteis, mensuráveis, eficientes e integrados às necessidades das companhias. Tais programas englobam um mix de atividades que incluem, dentre outros, imersão, coaching, mentoring e cursos formais.
A Nova Cara dos Programas de Treinamento Corporativo
Além da revisão do mix de atividades, a parceria entre instituições de ensino e empresas tem levado à modificação do currículo dos programas para alinhá-los às necessidades das organizações.
As principais modificações são:
· Da educação teorética para a educação experimental
· Do passivo (escutar) para o ativo (fazer)
· Do aprendizado ditado pelo professor para o aprendizado ditado pelos estudantes
· Da abordagem genérica para a abordagem customizada
· Da memorização para o brainstorming
· Dos exames baseados em questões para exames baseados em projetos
· Do “passar nos testes” para o aprendizado por toda a vida
· Da transferência de conhecimento para a co-criação de conhecimento
· Do aprendizado competitivo para o aprendizado colaborativo
No passado, o foco do treinamento corporativo era ensinar as habilidades funcionais básicas como estratégia, finanças e marketing, por meio do aprendizado teórico, estudos de caso e palestras de professores.
Hoje, o treinamento corporativo aborda temas como globalização, liderança, diversidade de empregados, alianças organizacionais, e-commerce, cadeias globais de suprimento, impacto de novas tecnologias e afins e é maximizado e tangibilizado em seu quotidiano com as chamadas Universidades Corporativas.
Conclusão
A importância estratégica do programas de treinamento corporativo é cada vez maior. A razão disso é que empresas e funcionários reconhecem a necessidade de desenvolver competências e habilidades que os permitam lidar com o alto grau de incerteza e complexidade características de muitos setores.
Em razão disso, novos modelos, técnicas e ferramentas têm sido desenvolvidas para melhorar o treinamento corporativo. Ademais, a estrutura do processo de treinamento dentro das organizações e seus diferentes modelos e formatos, a base curricular, o mix de atividades e as parcerias entre instituições de ensino e empresas também têm sido revistos de modo a garantir um melhor alinhamento entre as necessidades das organizações e os programas de treinamento corporativo.
Artigo escrito por Thiago de Assis, consultor sênior na DOM Strategy Partners, com os agradecimemtos do Blog do Headhunter pela colaboração.
Tenham todos um excelente final de semana.
Luciana Tegon
Artigo escrito por Thiago de Assis, consultor sênior na DOM Strategy Partners, com os agradecimemtos do Blog do Headhunter pela colaboração.
Tenham todos um excelente final de semana.
Luciana Tegon
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